Seu pet pode estar ficando senil…

Disfunção Cognitiva.

          A síndrome de disfunção cognitiva é uma desordem neurodegenerativa progressiva em animais idosos. Alterações comportamentais relacionadas à idade são indicadores usados para o diagnóstico dessa disfunção que afeta significativamente a vida de cães e gatos mais velhos e seus donos.

          Atualmente os animais de companhia têm apresentado aumento em sua expectativa de vida, consequentemente é crescente o número de animais idosos que apresentam alterações comportamentais relacionadas à idade. Os cães e gatos podem desenvolver déficits cognitivos e neuropatologias semelhantes ao envelhecimento humano e demência, também à doença de Alzheimer. O diagnóstico só pode ser dado com a exclusão de outras doenças que podem causar alterações semelhantes.

          Em animais idosos a disfunção cognitiva apresenta-se inicialmente com dificuldade no aprendizado, falhas na memória e alterações de comportamento, sendo esse último o mais notado pelos proprietários. Geralmente as alterações iniciais como dificuldade em realizar determinada tarefa, falhas na memória só são observadas em cães de trabalho. As alterações comportamentais são avaliadas com parâmetros como desorientação, ansiedade de separação, alteração na interação social (entre outros animais da casa ou com o proprietário), alteração do ciclo de vigília e sono (geralmente ficam mais ativos à noite e dormem de dia), perda de comportamento aprendido (como local certo onde defecar e urinar) e vocalização excessiva. Os animais podem apresentar apenas um ou até mesmo todos os sinais, entretanto a apresentação é individual em cada um. Usualmente animais com pelo menos dois sinais já são suspeitos de apresentarem a disfunção. Proprietários iniciam queixas sobre alterações comportamentais em cães a partir de sete anos de idade e em gatos a partir de 10 anos de idade, quando já há sinais de danos celulares acumulativos e por lesões oxidativas.

A neuropatologia da chamada disfunção cognitiva é estudada extensivamente em seres humanos devido à demência senil e a doença de Alzheimer, sendo que alterações semelhantes são encontradas nos cães e gatos. A demência senil é causada por acentuada neurodegeneração (multifatorial) e perda de conexão neuronal, mas a etiologia ainda não foi totalmente identificada.

O diagnóstico é de exclusão com exame neurológico e de imagem, como a tomografia computadorizada e ressonância magnética, descartando doenças que podem causar quadro semelhante.

          Não há um tratamento específico para essa síndrome, mas nutracêuticos e medicamentos são utilizados como uma tentativa de reduzir a progressão da degeneração. O manejo alimentar e principalmente enriquecimento ambiental são muito importantes.

          O ideal seria o início da terapia antes do início dos sinais clínicos evidentes, pois a lesão já existente não será reversível com as medicações em uso atualmente.

Ficar de olho no seu animal e reparar pequenos sinais de alteração é sempre o melhor caminho.

fonte: Qualittas / Dra. Francesca Lemos

]]>

Leave a Reply

Your email address will not be published.