Dar amor, atenção, comida e tudo que existir neste mundo para fazer nosso cão feliz é um dos principais mandamentos na vida de um tutor de cachorro. Porém, a educação do nosso pet também é essencial para o seu bem-estar e, às vezes, tentando fazer o melhor neste quesito, acabamos criando um “monstrinho”.
Errar é humano e, assim como os pais cometem deslizes na criação dos filhos, os tutores também podem dar umas tropeçadas no caminho ao tentar condicionar o comportamento de seu cão. Então, se você suspeita que está fazendo algo de errado, saiba que existem alguns equívocos bem comuns nesta empreitada.
“Normalmente, quando o cão apresenta alguma melhora no comportamento ou aprende algum comando, os tutores tendem a diminuir o treino, acreditando não ser mais necessário treiná-lo com tanta assiduidade, pois ele já aprendeu”, aponta Mariana Taioli, adestradora da equipe Cão Cidadão, empresa especializada em adestramento.
Mariana explica que não é bem assim que funciona, pois, para que o comportamento desejado ocorra e perdure, é preciso reforçar constantemente a aprendizagem, fazendo com que o cão entenda o que esperamos dele.
“Um erro muito comum são as broncas que, se não forem dadas da maneira correta, podem agravar as situações”, cita a adestradora. Isto significa que não faz muito sentido se o seu cão fizer alguma “arte” na sua ausência e você chegar em casa horas depois dando “pito” nele. Neste caso, ele não associará a bagunça feita no passado remoto com algo errado. Lembre-se que o timing é tudo na educação canina.
Segundo Mariana, “outro fator muito importante é a fase de sociabilização, que ocorre nos seis primeiros meses de vida do cão. Neste período, devemos apresentar tudo o que for possível: lugares, movimentos, sons, pessoas, animais etc. A sociabilização, após essa fase, poderá ser feita obtendo bastante resultado positivo, desde que realizada com muita tranquilidade e sem forçar o pet, para que não ocorra nenhum trauma”, ressalta.
Se você constatou que cometeu alguns deslizes na hora de criar seu pet, é imprescindível ser paciente e perseverante para reeducar seu cãozinho e corrigir os desvios de comportamento. “Dependendo do caso, podemos reverter a situação, porém, é preciso muito mais paciência, cuidado e carinho para que não traumatize ou piore ainda mais a situação”, alerta Mariana.
Por isso, o ministério do bem-estar canino adverte: caso você tenha alguma dúvida sobre o comportamento do seu cão, peça sempre a ajuda de um profissional.
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