As Leishmanioses

  As leishmanioses são doenças que acometem o homem, os animais domésticos e silvestres. São causadas por diferentes espécies de protozoário pertencente ao gênero Leishmania, vivendo alternadamente em hospedeiros vertebrados (mamíferos) e insetos vetores (flebotomíneos). A transmissão não ocorre por contato direto entre homens, animais ou homem e animal, e sim através da picada de um inseto, o flebotomíneo “mosquito palha” infectado.   A leishmaniose tegumentar é uma doença amplamente distribuída no território brasileiro, ocorrendo em todas as regiões do país. É definida pela presença de lesões, como úlceras, exclusivamente na pele, que se iniciam no ponto da picada do vetor. O quadro clínica da leishmaniose tegumentar manifesta-se normalmente de forma crônica, sem comprometer o estado geral do animal, cujas lesões podem progredir em número e extensão, evoluir para cura clínica espontânea com reativações posteriores ou acometer tardiamente a mucosa nasal. Cães e gatos podem ser infectados, sendo os últimos em menor número, e não há comprovação de que ambos sirvam como reservatório para o vetor em área urbana, por isso não é recomendada a eutanásia desses animais quando infectados.   A leishmaniose visceral é uma doença que encontra-se em processo de expansão no Brasil e no mundo. É uma doença que potencialmente pode envolver qualquer órgão, tecido corporal e se manifesta por sinais clínicos inespecíficos. As lesões cutâneas são as manifestações clínicas mais comuns, podendo estar associada a outros sinais clínicos, como perda de peso, aumento abdominal, febre, vômitos, diarreia, sangramento nasal, crescimento acentuado das unhas, entre outros. Os cães infectados podem permanecer sem sinais clínicos por um longo período de tempo, dificultando o diagnóstico da doença, e expondo outros animais e a população humana. É proibido o tratamento da leishmaniose canina pelo Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com a utilização de drogas da terapêutica humana ou não registrados no MAPA. A resistência no tratamento canino é maior e a cura parasitológica é raramente obtida, sendo recomenda a prática da eutanásia em todos os cães com diagnóstico laboratorial positivo. Por isso, medidas preventivas são extremamente importantes para o controle dessa doença. Previna o seu animal das leishmanioses, procure um veterinário!    

[grid number=”3″ first=”true”][lightbox url=”http://veterinariaxanadu.com.br/wp-content/uploads/2014/08/dra-tuanne.jpg” title=”Dra. Tuanne Rotti” subtitle=”Veterinária” gallery=”staff-members”]dra-tuanne[/lightbox][/grid][grid number=”8″ last=”true”]Dra. Tuanne Rotti Abrantes CRMV-RJ 11263
Graduação em Medicina Veterinária, pela Universidade Federal Fluminense (2010). Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas (com leishmaniose visceral canina), IPEC-Fiocruz (2013). Monitoria em Vigilância em Saúde, na UFF (2010). Iniciação científica: Leishmaniose visceral canina, na Fiocruz (2007-2010). Atualização no manejo e controle das leishmanioses, FIOCRUZ (2011); Atende na Xanadu desde 2011, na Clínica Médica. [/grid]   [clear]    
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