ESPOROTRICOSE – Alertas e Recomendações

Sporothrix schenckii. Dentre os animais domésticos, os gatos são os mais afetados pela doença De uma forma particular e ainda por motivos desconhecidos, desde 1998, o estado do Rio de Janeiro é o lugar no mundo onde há a maior quantidade de casos relatados! A doença é transmitida pela arranhadura ou, menos comumente, pela mordedura dos felinos, podendo gerar lesões superficiais até as mais profundas. Em decorrência da forma de contaminação, os gatos acabam contraindo a doença ao brigar ou mesmo brincar com outros bichanos contaminados. Não obstante, por tratar-se de uma zoonose (grupo das doenças onde existe transmissão do animal para o homem e vice versa), as pessoas que manipulam animais infectados, acabam, até mesmo nas brincadeiras mais sutis com seus gatos, adquirindo a doença. Boas notícias: Na maior parte dos casos felinos de esporotricose, um simples exame citológico (realizado prontamente pelo nosso setor de Dermatologia), poderá diagnosticar de forma eficaz a doença. Não por acaso, está instalado em nossa cidade, na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), o Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC), que é responsável pelas pesquisas mais atuais no país em relação à doença. A melhor nota é que, seguindo os protocolos terapêuticos estabelecidos pelos nobres colegas pesquisadores, atrelado ao diagnóstico e início precoce do tratamento, as chances de cura da doença nos nossos pacientes felinos chega a níveis altíssimos! Então, se o seu pet (recolhido ou aquele que sempre deu suas voltas por aí) apresenta lesões, principalmente em suas patas e cabeça, não perca tempo: vá até nós para que possamos efetuar prontamente o diagnóstico e iniciarmos imediatamente o tratamento! Para concluir, fica a dica: para que nossos queridos amigos felinos não sejam submetidos ao risco de contraírem a Esporotricose, entre outras doenças que as vacinas não os protegem, mantenha-os na tranquila paz de seus lares!   Bibliografia: 1) Pereira SA, Schubach TMP, Gremião IDF, Silva DT, Figueiredo, FB, Assis NV, et al. Therapeutic aspects of feline sporotrichosis. Acta Sci Vet 2009; 37: 311–321. 2) Barros MB, Schubach AO, do Valle AC, Gutierrez Galhardo MC, Conceicao-Silva F, Schubach TM, et al. Cat-transmitted sporotrichosis epidemic in Rio de Janeiro, Brazil: description of a series of cases. Clin Infect Dis 2004; 38: 529–535 3) “Esporotricose: pesquisadores esclarecem sobre a doença, que pode afetar animais e humanos”: Web Site – Fundação Oswaldo Fiocruz (FIOCRUZ): Disponível em https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/esporotricose-0   Dr. Tiago Abrahão Pereira Nunes – CRMV-RJ: 10.324 Pós graduado em Clínica Médica de Pequenos Animais (Universidade Estácio de Sá – RJ) e em Dermatologia Veterinária (Universidade Anhembi Morumbi – SP) Sócio efetivo da SBDV (Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária); Mestrando Ciências Veterinárias Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)]]>

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