Olfato apurado dos animais auxiliará trabalhos da Vigiagro O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF) estuda utilizar cães farejadores para auxiliar o trabalho do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), realizado em portos, aeroportos internacionais, postos de fronteira e aduanas especiais. Para isso, o MAPA, por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), criou um grupo de trabalho que ficará responsável por elaborar um projeto básico que possibilite o uso desses animais nas inspeções e fiscalizações do trânsito internacional de vegetais, seus produtos e subprodutos. O grupo de trabalho tem a responsabilidade de realizar reuniões técnicas com órgãos ou entidades que já possuam Núcleos de Cães de Faro, fazer visitas técnicas em organizações nacionais e internacionais que utilizam esses animais e firmar parcerias necessárias com instituições. A conclusão dos trabalhos deverá ocorrer no prazo de 180 dias, a contar de 5 de novembro, data em que o MAPA publicou a Portaria nº 364 no Diário Oficial da União (DOU). Segundo informações disponíveis no portal do MAPA, a expectativa do órgão é que o uso de cães farejadores possa conferir agilidade e eficiência à fiscalização, já que esses animais possuem um olfato aguçado, muito mais sensível do que o dos seres humanos. Essa característica, segundo o ministério, os capacita a perceber odores mesmo em concentrações muito baixas. OS CÃES FAREJADORES No começo da década de sessenta, foi colocado em prática, na Finlândia, um programa dirigido pelo Instituto de Pesquisa Geológica e subsidiado pelo governo, de treinamento de Pastores Alemães para descobrirem depósitos de minerais (em especial cobre e níquel). Assim, o primeiro cão geólogo deve ter sido um Pastor Alemão chamado Rajan, treinado pelo finlandês Pentti Mattason. Passado muito pouco tempo, Rajan havia conseguido descobrir 330 amostras de mineral numa superfície de nove quilômetros quadrados, muito mais do que um homem munido de um aparelho detector. A eficácia dos cães alcançou um alto grau, tanto em terreno pantanoso como em terra oculta por musgo ou coberta de neve. Assim, existiu um Pastor Alemão que farejou minerais a vários metros de profundidade, sob um solo esponjoso, estando o recorde em doze metros. O treinamento é longo. Inicialmente, ensina-se o cão a localizar as rochas que contêm sulforetos, misturando-as com amostras comuns. Depois treina-se o animal para cavar a terra e latir quando encontrar um mineral interessante, primeiro na superfície e depois debaixo de terra. Para isso, caminha a uns dez metros do homem, que lhe vai dando as ordens. As vezes os cães operam em grupos de três, numa formação em leque. Neste trabalho, nem mesmo os mosquitos, que existem em tão grande quantidade na Lapônia, os detêm. Encantados pela experiência finlandesa, a antiga União Soviética e a Suécia também formam cães geólogos. Na carreira dos cães, poderiam ser incluídas muitas outras proezas, (embora nelas pareça intervir um sexto sentido havendo quem não hesite em classificar essa capacidade de paranormal). O prodigioso olfato do cão tem sido uma das características destes animais mais utilizadas pelo homem há séculos. O seu sentido olfativo é, surpreendentemente, cerca de mil vezes superior ao dos seres humanos. Portanto, tenta-se aproveitar eficazmente esse maravilhoso órgão biológico de detecção, o nariz do cão. A idéia de se utilizar os cães para a detecção de tóxicos, remonta à época da guerra do Vietnã durante a qual, o consumo de heroína entre os soldados norte-americanos causou graves problemas. Em 1970, os norte-americanos decidiram drogar cães para fazer com que detectassem a droga quando sofriam da síndrome de abstinência. Este cruel e bárbaro procedimento foi logo abandonado pois os cães assim intoxicados sofriam de transtornos hepato-renais e cardíacos que lhes causavam rapidamente a morte… Por conseguinte, é totalmente errôneo pensar que os atuais cães rastreadores de drogas estejam drogados. Se tal método fosse utilizado hoje, seria severamente punido. De qualquer maneira, não serviria para nada pois, os cães devem ser operacionais durante as vinte e quatro horas do dia, uma vez que as operações de rastreamento não são programadas com antecedência. O RASTREAMENTO OU A PAIXÃO PELA BRINCADEIRA O cão rastreador deve ter várias qualidades. Deve ser um bom cão cobrador, dar provas de ter uma grande resistência física e estar dotado de potentes qualidades olfativas. Também deve sentir paixão pela brincadeira, pois esta é a base do treinamento. Depois de ter aprendido a responder à chamada do dono, andar a passo, sentar-se e ficar quieto, o jovem cão aprende as primeiras lições especializadas brincando com a droga… mas sem que isso acarrete algum problema para a sua saúde. Em um saco de nylon introduzido num tubo de PVC, um dos materiais mais duros, coloca-se um pouco de maconha. O tubo em questão, tampado nas suas extremidades e com minúsculos buracos, é envolvido numa folha de poliuretano e depois em um tecido de algodão, para que se pareça o mais possível, com os brinquedos para cão. Acostumado ao cheiro da droga, o cão deve encontrar o seu brinquedo favorito escondido de uma maneira cada vez mais difícil; nos assentos, nos faróis ou no filtro de ar de um automóvel. Para o cão, o rastreamento é apenas uma excelente ocasião para brincar com o dono. Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD / Dog TIMES]]>
Leave a Reply