A campanha Novembro Azul tem como objetivo alertar a todos sobre o câncer de próstata nos homens e como também nos animais de estimação. Os sintomas dos tumores prostáticos são variáveis e podem depender do estadiamento da doença. Portanto, os pacientes podem apresentar hematúria, disúria, disquezia, tenesmo, secreção peniana, cistite bacteriana ascendente e obstrução parcial da uretra prostática. Dor neuropática, apatia prostração e outros sinais sistêmicos podem ser encontrados no câncer de próstata metastático.
Pelo fato da próstata ser uma glândula, estudos apontam que 95% dos tumores prostáticos tem origem epitelial, o que explica a incidência dos adenocarcinomas prostáticos. Contudo, apesar de apresentar uma frequência menor, os tumores de origem mesenquimal podem acometer o órgão.
Embora a castração seja a melhor forma de prevenção dos tumores de mamas em cadelas e gatas, a orquiectomia, ou seja, a retirada dos testículos não produz efeito profilático no desenvolvimento dos tumores prostáticos. Alguns estudos ainda apontam que há uma incidência maior do câncer de próstata metastático em machos previamente castrados.
Contudo, o paciente que apresente a hiperplasia prostática benigna, isto é, quando houver um aumento de tamanho da próstata, citada pela literatura como uma condição pré-maligna no desenvolvimento de tumores de próstata, a castração dos animais acima dos sete anos de idade com essas alterações prostáticas podem contribuir como um fator protetor.
Por se tratar de uma síndrome genético-ambiental, a doença [câncer prostático] depende de diversos fatores em sinergismo para se desenvolver no animal. Daí a importância do rastreamento constante e detecção precoce do câncer no paciente, para que o tratamento tenha chances maiores de cura.
Quando o animal é diagnosticado com câncer de próstata, a procriação não deverá acontecer, pois a próstata é uma glândula responsável pela maturação dos espermatozoides e, portanto, nesta condição o macho apresenta uma quantidade menor de espermatozoides viáveis. A doença no cão apresenta um carácter metastático e a vida do paciente deve ser priorizada.
Em uma eventual relação do macho portador de câncer de próstata com a fêmea ou o filhote não apresenta riscos de transmitir tumor maligno através de contato direto ou indireto, exceto no caso de Tumor Venéreo Transmissível. Porém, se o animal entrar em contato com secreções provenientes do tumor, pode favorecer no surgimento de outras doenças não neoplásticas.
Fonte: Qualittas blog / Doutor, professor e médico veterinário Bruno Roque
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